domingo, 19 de janeiro de 2014

A DOR DA INFERTILIDADE

A dor é parecida com o luto por perder um ente querido recorrente. As pessoas inférteis sofrem pela luta de um filho que nunca podem chegar a conhecer. Num casamento bem sucedido é mais fácil pela cumplicidade de ambos o planejamento do filho. É normal que este filho seja idealizado pelos pais e que seja esperado com extrema expectativa entre o casal, principalmente para à mãe. O extinto materno fala mais alto e deixa a mãe realizar seus sonhos preparando o quarto do bebê, dar carinho através da Psicologia Pré-Natal que significa todo o desenvolvimento psíquico do feto. Quando esta expectativa não se concretiza pode acarretar fatores sérios emocionais tanto para a mulher e para o homem. O desejo de ser mãe vira um grande pesadelo e uma frustração. Gera um luto pela perda e consequências como uma Depressão profunda com risco eminente de ter sua vida destruída. A infertilidade é uma doença silenciosa, uma luta muito dolorida. O que pouco se fala é que pessoas inférteis são oriundas em sua maior parte por doenças genéticas que por vezes, o tratamento e tratamento podem ser realizados através de um procedimento de Reprodução Humana. O maior problema é que quando um casal decide lutar pela cura da doença a conta bancaria diminui, podendo chegar à falência. Tudo isso porque a ANS diferentemente do SUS não reconhece a infertilidade como uma doença, o problema é que o SUS não tem condições de atender a enorme demanda. Os planos de saúde se negam a custear o tratamento de infertilidade. O que por Lei todo paciente de plano de saúde tem total amparo para realização de todo tratamento necessário, mais infelizmente somente através do judiciário, e assim mesmo, pelas mãos de um especialista em direito e saúde é que esse direito pode ser concebido. Por diversas vezes escuto que uma pessoa fértil deveria recorrer à adoção, ouço isso até mesmo da boca de alguns juízes ou de pessoas que não compreendem o problema. Não minimize o problema – A falha ao conceber um filho é jornada muito dolorosa. Esses casais veem seus amigos terem dois, três filhos, e veem essas crianças crescerem enquanto voltam para o silencio de suas casas. Estes casais veem toda alegria que uma criança traz para vida de uma pessoa, e sentem o vazio de serem capazes de experimentar essa alegria. Quem é a autoridade final sobre qual é a pior coisa que poderia acontecer alguém? Se Deus estivesse no ramo da esterilização das mulheres no plano divino, você acha que ele preveniria a gravidez que terminam em abortos? Ou então não esterilizaria as mulheres que terminam por negligenciar ou abusar de seus filhos? Mesmo que você não seja religioso, os comentários do tipo “talvez não seja para você ser mãe”, não são reconfortantes. A infertilidade é uma condição médica, não uma punição de Deus ou da Mãe Natureza. Não abram mão dos seus sonhos, lutem pelos seus direitos, procurem especialistas em direito e saúde, que irá ao judiciário para fazer seus planos de saúde custearem todo seu tratamento. Informem aos seus médicos que esse é um direito liquido e certo seu. A maior parte dos médicos não sabe que você e ele possuem esse direito. O Médico tem total amparo legal para orientar seus pacientes na busca dos seus direitos quando o tratamento proposto é glosado pelo plano de saúde. O texto revela-se como importante contribuição aos médicos e à sociedade, e esperamos que seja objeto permanente de reflexão para todos os que buscam o pleno exercício ético nas diferentes searas da vida. (Roberto Luiz d’Avila- Presidente do CFM). Para o Advogado Alan Trajano – Especialista em Direito e Saúde de Brasília, o plano de saúde deve cumprir o princípio da boa-fé objetiva e tem o dever de informar sobre cláusulas e condições de contrato, ou seja, no contrato de adesão não está expressamente descrito que o plano de saúde não cobre tratamento genético ou de fertilização. Para Dra. Cintia Rocha – Advogada que obteve a primeira decisão liminar no Estado de São Paulo para cobertura do tratamento de Fertilização in vitro a Lei 9.656/98 (ANS), Código de Defesa do Consumidor e Constituição Federal de 1988, as normas internacionais e nacionais de direitos humanos, e os Códigos de Ética das profissões ligadas à saúde, consagram os direitos do paciente como direitos humanos. Para Adriana Leocadio, presidente da ONG Portal Saúde e Membro da Organização Mundial da Saúde (OMS), as pessoas amigas de casais inférteis provavelmente já sabem mais sobre as causas e soluções dessa doença do que você jamais saberá. Você pode achar que está ajudando lendo sobre infertilidade, e não há nada de errado em aprender mais sobre o assunto. O problema aparece quando você tenta brincar de medico com seus amigos que sofrem com a infertilização. Nossa recomendação é que se você tem alguém próximo que sofra de infertilização propague a notícia de que ele tem direito a tratamento custeado pelo plano de saúde.
Para maiores informações: e-mail: contato@portalsaude.org ou Telefones: (11) 3044.0710 / 99905.6373

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