segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O que é Trombofilia?

As Trombofilias são caracterizadas por promoverem alterações na coagulação sanguínea que resultam em um maior risco para trombose. As trombofilias podem ser divididas em dois grupos: as Adquiridas e as Hereditárias. No grupo das trombofilias adquiridas destaca-se a síndrome antifosfolípide.
O sucesso gestacional depende de uma adequada circulação útero-placentária. Anormalidades nessa rede vascular se relacionam com várias patologias gestacionais, entre elas: abortos, óbito fetal, RCIU, pré-eclampsia, DPP. Um fator, que parece estar relacionado com tais patologias, de acordo com estudos recentes, é as trombofilias de causas hereditárias.
O quadro abaixo demonstra algumas trombofilias hereditárias e sua relação com patologias gestacionais.
+ (possível associação), ++ (associação definida)
Mutação do fator V – fator V de Leiden
Em 1993. Dahlback e seus colaboradores, na cidade de Leiden, descreveram uma mutação no gene que codifica o Fator V. O gene mutante, localizado no cromossomo 1, promove uma alteração no Fator V tornando-o mais resistente à aç ão da proteína C (anticoagulante natural). O Fator V, com tal alteração, foi denominado Fator V de Leiden. Essa parece ser a trombofilia hereditária mais freqüente. Sua prevalência na população geral é em torno de 3 a 7% (indivíduos heterozigotos) e em torno de 1% (indivíduos heterozigotos), dependendo da etnia. Vários estudos já demonstraram sua correlação com resultados gestacionais insatisfatórios.
Mutação da anti-trombina III
Anti-trombina III é um anticoagulante natural que age inibindo os fatores ativados (coagulantes) IX, X, XI e XII da cascata de coagulação. Sua deficiência foi inicialmente descrita em 1965 e pode ser causada por mais de 80 diferentes mutações, em sua grande maioria autossômica dominante. Tais mutações podem promover alterações quantitativas e/ou qualitativas. A deficiência de anti-trombina III é a trombofilia que apresenta maior risco para trombose, mesmo quando heterozigoto. Cerca de 70% das pacientes com deficiência de anti-trombina III irão apresentar trombose venosa durante a gestação. A prevalência de tal deficiência gira em torno de 1:600 a 1:5.000.
Estudos mostraram elevado o risco para aborto e um risco 5 vezes maior de natimorto, em indivíduos que apresentam deficiência de anti-trombina III.
Mutação da enzima metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR)
A mutação em um gene (C677T) que codifica a enzima MTHFR promove uma alteração na estrutura de tal enzima, deixando-a termolábil, inativa. Recentemente, foi descoberta uma nova mutação que promove inativação da MTHFR, A129 8C, porém ainda há poucos estudos que a correlacionam com resultados gestacionais insatisfatórios. A MTHFR é uma enzima fundamental na conversão de homocisteína em metionina, e nesse processo estão envolvidos outros cofatores, como: ácido fólico, vitamina B6 e B12.
Indivíduos que apresentam mutação da MTHFR possuem uma tendência a elevação dos níveis de homocisteína sanguínea, principalmente os homozigotos para C677T, ou heterozigotos para ambas as mutações.
Hiperhomocicteinemia parece estar relacionada com um risco elevado para doenças cardiovasculares e maus resultados gestacionais (aborto recorrente, pré-eclampsia, óbito fetal, DPP). A mutação na MTHFR também esta relacionada com mal-formações fetais, defeitos de fechamento do tubo neural. O estado heterozigoto para a mutação C677T pode ser observado em torno de 40% em determinadas populações. Cerca de 32% dos indivíduos que apresentam heterozigotos para C677T também são heterozigotos para A1298C. Homozigotos são encontrados em 5 a 15% da população, em diferentes etnias. Em alguns estudos, pacientes com hiperhomocisteinemia apresentaram um risco de aborto 2,5 vezes maior que a população normal.
O diagnóstico dessa mutação é realizado com a detecção da mutação e determinação do nível de homocisteína no sangue. O tratamento durante a gestação é realizado com uso de drogas anticoagulantes e suplementação vitamínica.
Mutação do gene da protombina (FATOR III)
Descrita por Poor e colaboradores em 1996, a mutação no gene que codifica o fator II se correlaciona com um risco elevado de tromboembolismo, isso porque tal mutação irá proporcionar uma maior produção de Fator II (coagulante). A mutação no gene da protombina é encontrada em cerca de 1 a 3% da população normal (sem história de tromboembolismo) e em até 6% de pessoas com história de trombose venosa. É responsável por até 18% das trombofilias hereditárias. Portadores da mutação do Fator II apresentam uma elevação no risco de trombose em cerca de 2 a 5 vezes.
Estudo recente mostrou a presença da mutação no gene da protombina em torno de 7 a 8% das pacientes com abortos comparado com 3,8% de mulheres sem história de aborto.
Resumo da prevalência das trombofilias

Atualmente já existem testes disponíveis para a investigação dessas trombofilias. Novas trombofilias hereditárias estão sendo estudadas e correlacionadas com mau resultados gestacionais.

Endometriose

A associação da endometriose com a fertilidade tem sido alvo de discussão há muitos anos. Os debates em torno das proporções com que esta doença afeta a capacidade de a mulher ter filhos têm causado, por muitas vezes, um vaivém nas condutas e tratamentos médicos. Todos os tipos e graus de endometriose podem influenciar a fertilidade, entretanto, frequentemente o diagnóstico não é tão evidente e fica como última opção na pesquisa, entre outras causas de infertilidade.
Em alguns casos essa demora pode ser causada pela inexistência de sintomas, ausência das queixas clínicas e falta de evidências laboratoriais dos exames de sangue e do ultrassom endovaginal. Muitas vezes somente após passar certo período, no qual foram realizados tratamentos sem sucesso, é indicada a videolaparoscopia, que conclui o diagnóstico. A espera por esse esclarecimento atrasa a concepção e prolonga o sofrimento do casal. A endometriose pode atrapalhar o resultado de gravidez mesmo nos programas de fertilização in vitro, e por isso, após a falha desses tratamentos, tal possibilidade de diagnóstico deve ser avaliada, mesmo na ausência de sintomas. Temos observado uma taxa maior de gravidez em pacientes com sintomologia inexpressiva que realizam a videolaparoscopia quando comparada com aquelas que não fizeram e, por isso, acreditamos muito na importância desse diagnóstico.
A endometriose causa infertilidade pelos seguintes efeitos:
  • influencia os hormônios no processo de ovulação e na implantação do embrião;
  • altera também o hormônio prolactina e as prostaglandinas, que agem negativamente na fertilidade;
  • provoca alterações imunológicas – alterações celulares responsáveis pela imunologia do organismo (células NK, macrófagos, interleucinas etc.);
  • interfere na receptividade endometrial – o endométrio, tecido situado no interior da cavidade uterina, local onde o embrião se implanta, sofre a ação de substâncias produzidas pela endometriose (ILH e LIF – leukemia innibitory factor), que atrapalham a implantação do embrião;
  • pode interferir no desenvolvimento embrionário e aumentar a taxa de abortamento.

Sistema imunológico

Os problemas imunológicos têm sido responsabilizados por alguns casos de insucesso na fertilização in vitro e por abortos de repetição. Alguns autores acreditam que muitos casos de falha são, na verdade, abortos muito precoces que, após um período curto de implantação embrionária, não chegam a ser detectados nos testes de gravidez, não evoluem e são eliminados. Existem controvérsias a respeito desse tema, mas os resultados positivos após a terapia com vacinas têm nos encorajado a prosseguir com esse tratamento, indicado em situações especiais.
Cross Match: é um exame que não apresenta comprovação nem evidências científicas comprovadas nos resultados obtidos (Medicina Baseada em Evidências). Por isso, a sua indicação deve ser restrita a alguns casos. São poucos os países no mundo que realizam essa pesquisa com tal finalidade, entretanto, pode ser uma opção. Para que se entenda esse exame é necessária a compreensão de que todo ser humano possui a capacidade de rejeitar corpos estranhos e o embrião pode ser considerado como tal, pois traz com ele o DNA paterno, que é estranho ao organismo materno. Entretanto, em condições normais, o organismo da mãe deve produzir um “anticorpo protetor” – chamado de fração HLA-G –, que protege o embrião contra este “ataque imunológico” e impede a rejeição. Quando esse “anticorpo de proteção” não é formado, os mecanismos de agressão imunológica seguem o seu caminho natural, impedindo a gravidez ou mais tarde provocando o aborto. Essa alteração do organismo – que curiosamente aparece quando há semelhança imunológica entre o pai e a mãe e não quando são muito diferentes – é detectada pelo exame Cross Match. Para se realizar essa pesquisa retiram-se amostras de sangue do homem e da mulher e, em laboratório, realiza-se uma prova cruzada entre os dois, para identificar a presença dos anticorpos. Se não estiverem presentes, será necessário o tratamento com vacinas. Esta imunização é realizada com o sangue paterno, do qual são separadas as células brancas (linfócitos) e com elas preparadas as vacinas, depois injetadas na mãe pela via intradérmica. São realizadas duas ou três aplicações com espaço de tempo de três semanas entre elas. Após o término dessa série, o Cross Match é repetido e, confirmando a virada do resultado anterior para positivo, uma nova tentativa de fertilização poderá ser iniciada. Se não houver essa virada, uma nova série de duas aplicações será realizada.
Trombofilias: Existem outros exames que avaliam fatores imunológicos e, junto com este grupo de exames, estão as trombofilias. São doenças pouco frequentes e que provocam alterações de coagulação do sangue. Essas alterações não são detectadas em exames de sangue comuns e, quando existem, aumentam a chance de formar coágulos sanguíneos e causar tromboses mínimas capazes de impedir a implantação do embrião ou provocar abortos. Os exames para essa pesquisa são feitos por coleta de sangue em laboratórios especializados e sempre com indicação médica.
São eles:
  • Anticorpos antifosfolípides
  • Anticorpo antifosfatidil – serina (IgG, IgM e IgA)
  • Anticorpos antitireoideanos
  • Anticorpos antinucleares
  • IgA
  • Células NK (Natural Killer)
  • Anticorpo antiespermatozoide
  • Fator V de Leiden
  • Antitrombina III
  • MTHFR
  • Protrombina mutação
  • Hemocisteína
  • Proteína S
  • Proteína C
  • Beta 2 glicoproteína I
A presença dessas alterações no sangue das mulheres sugere causas imunológicas ou TROMBOFILIAS. Os tratamentos variam de ingerir uma simples aspirina infantil até tomar medicamentos mais sofisticados, como a heparina, corticoides e imunoglobulina injetável.
É fundamental salientar que essa tecnologia não representa garantia no sucesso para a obtenção da gestação e sim uma nova alternativa para aqueles que até o momento não tiveram sucesso em tratamentos anteriores.
VAMOS FAZER  POSTAGENS SÓ FALANDO DA TROMBOFILIA .

Útero-Endométrio

Normalmente a avaliação da cavidade uterina é feita antes dos programas de fertilização in vitro, mas, caso ainda não tenha sido feita, essa investigação poderá ajudar a afastar alterações como pólipos, miomas ou aderências que podem impedir a implantação dos embriões. O melhor exame para essa investigação é a videohisteroscopia (visibilização da cavidade uterina por um endoscópio), que, além de diagnosticar as alterações citadas, pode identificar processos inflamatórios (endometrite) não reconhecidos em outros exames comuns ou a presença de células NK (Natural Killer-CD 56) que em concentrações elevadas podem atrapalhar a implantação dos embriões. A biópsia do endométrio pode concluir essas hipóteses e o tratamento com antibióticos, antiinflamatórios e eventualmente corticóides e imunoglobulina resolverão estes problemas (Rai, Raj S – IVI 2011). Outra questão é a ausência de algumas proteínas no endométrio que facilitam a implantação dos embriões. Já foram detectadas mais de 50, mas as mais estudadas são a Claudina-4 e o LIF (Fator Inibidor da Leucemia ou Fator Essencial para a Implantação). Quando estiverem ausentes ou em proporções desequilibradas, a chance de implantação embrionária será menor, mas não impossível. Esse diagnóstico é raro e só deve ser pesquisado em situações especiais, uma vez que existem controvérsias nas interpretações dos resultados.
As pacientes que tiveram endométrio fino durante a indução da ovulação nas tentativas anteriores poderão ser beneficiadas com o uso do hormônio estrogênio, aspirina e outras drogas vasodilatadoras. Outras avaliações do endométrio poderão ser feitas num futuro próximo. A hidrossalpinge, que é consequência de um processo inflamatório que dilata as trompas e provoca a formação de conteúdo líquido no seu interior, prejudica o ambiente uterino, dificulta a implantação dos embriões e aumenta a incidência de abortos.
A retirada das trompas afetadas aumenta significativamente as taxas de gravidez, pois o conteúdo que nelas havia e que provavelmente escorria para o interior do útero, impedindo a gravidez, deixa de existir. O diagnóstico de hidrossalpinge pode ser feito pelo ultrassom, por histerossalpingografia e pela videolaparoscopia.
A dificuldade na transferência dos embriões muitas vezes causa traumas no endométrio e atrapalha a implantação do embrião, principalmente quando este ato for acompanhado de dor. A videohisteroscopia com a dilatação do colo ou simplesmente a dilatação do colo uterino isolada beneficia a próxima tentativa que, preferencialmente, deverá ser realizada com sedação. A transferência embrionária sob a visão do ultrassom traz benefícios ainda maiores, pois permite ao médico observar o trajeto do cateter em direção à cavidade uterina, bem como mostrar ao casal a localização exata da colocação dos embriões.
Nível elevado de Progesterona no dia do HCG
A progesterona tem uma função chave durante a segunda fase do ciclo menstrual e é particularmente importante para a implantação dos embriões e progressão da gravidez. Entretanto, nos tratamentos de fertilização in vitro (FIV), quando se realiza a estimulação ovariana, se o nível da progeterona estiver elevado no dia da aplicação do HCG, poderá ser responsável pela da receptividade endometrial e consequentemente uma diminuição significativa (10%) na probabilidade de gravidez. Este fato tem sido o foco de interesse há vários anos, motivo de controvérsias e assunto de muitos debates. Em 2007, uma publicação avaliou a literatura existente sobre elevação de progesterona no dia do HCG e a importância no sucesso nos tratamentos de FIV e concluiu que os melhores resultados seriam quando os níveis atingissem um limiar crítico de 1,5 ng / mL. Um outro estudo , um pouco mais flexível, considerou que este nível de tolerância deve ser proporcional ao número de óvulos produzidos, podendo o limiar ser tolerado até 2,25 ng / mL
Assim elaborou a seguinte tabela de proporcionalidade:
Número de óvulos coletados Nível de progesterona tolerável no dia do HCG

Várias estratégias têm sido propostas com o objetivo de impedir a elevação da progesterona no dia do HCG, como a utilização de esquemas mais suaves de estimulação ovariana, dando preferência àquelas com associação de LH ou o cancelamento da transferência do embrião(ões) no ciclo da indução (ciclo fresco), seguindo-se da transferência de embriões congelados-descongelados em um ciclo seguinte natural ou artificialmente preparado. Sugere-se ainda que menos gonadotropina no final da fase folicular ou a administração de HCG mais cedo, antes da elevação da progesterona pode ser benéfico Estas hipóteses devem ser avaliadas em estudos mais extensos.

Embriões

Um problema comum são as eventuais alterações cromossômicas do embrião, que impedem a implantação, principalmente em mulheres com mais de 40 anos, mesmo quando eles têm um aspecto próximo à perfeição no dia da transferência. Isso não significa que esse será um problema repetitivo em todos os tratamentos, mas a possibilidade deve ser considerada para se compreender que pode ter havido uma seleção natural do organismo materno, que impediu a implantação do embrião não saudável. Quando houver essa suspeita, o casal poderá realizar o exame do cariótipo, que identifica anormalidades cromossômicas que estão “dormentes” em cada um deles, isto é, são características recessivas que não aparecem em um indivíduo, mas que ao serem transmitidas ao embrião poderão tornar-se evidentes e causar doenças que impossibilitam o desenvolvimento do bebê. As alterações mais frequentes são as inversões e translocações cromossômicas balanceadas. O cariótipo é um exame de sangue simples e, nesses casos, deve ser feito tanto pela mulher como pelo homem. É importante esclarecer que homens que têm uma baixa contagem de espermatozoides possuem chances maiores de apresentar anormalidades cromossômicas. Uma outra alternativa, nesses casos e em outros, com mulheres com mais idade, que têm maior chance de ter bebês com malfornação cromossômica, é a biópsia embrionária para a realização do exame PGD (Pré-implantation Genetic Diagnosis), traduzindo para o português DPI (Diagnóstico Pré-Implantacional) realizado para diagnosticar anomalias cromossômicas do embrião. Existem dois tipos de PGD:
1- PGD pela técnica de FISH (Fluorescence In Situ Hybrydization), que consiste na retirada de uma célula no terceiro dia de desenvolvimento, quando o embrião, ainda no laboratório, tem ao redor de oito células. Em seguida, esta célula é encaminhada para análise, e o resultado fica disponível antes de os óvulos serem transferidos para o útero. Este exame permite a análise de no máximo 11 cromossomos, que são representados pelos números 13, 14, 15, 16, 17, 18, 20, 21, 22 e pelos sexuais X e Y. Somente os embriões saudáveis são transferidos.
2- PGD por Hibridação Genômica Comparativa pela técnica de microarray e definida pela sigla a-CGH (microarray – Comparative Genomic), que estuda os 24 cromossomos (22 pares de cromossomos autossomos denominados com números de 1 a 22 e mais dois sexuais X e Y). Nesta técnica, mais moderna que a anterior, o embrião deve alcançar o estágio de blastocisto (quinto dia de desenvolvimento). São retiradas de 6 a 10 células e por isso o diagnóstico é mais preciso e seguro quando comparado ao anterior, sendo possível identificar um maior número de anomalias, uma vez que são analisados 24 cromossomos. O a-CGH, também chamado de PGD-24, pode ainda aumentar a chance de sucesso dos tratamentos, pois evita a causa mais frequente de perdas gestacionais que são as aneuploidias embrionárias, além de reduzir o risco de gestação múltipla, pois um número menor de embriões poderá ser transferido. Outra vantagem é que, ao aguardar o desenvolvimento dos embriões até o estágio de blastocisto, pela seleção natural, haverá um menor número de embriões a serem examinados em comparação ao exame PGD-FISH, realizado no terceiro dia, o que pode reduzir o custo. Entretanto, existe o risco de, ao aguardar até o estágio de blastocisto, não ter embriões para serem transferidos.
Isso é frustrante, mas é importante que saibam que tal fato, provavelmente, é apenas uma antecipação de um resultado negativo de gravidez.
Existem outros exames que avaliam a qualidade dos embriões, como análise do meio de cultura em que eles se desenvolvem no laboratório, aparelhos que avaliam o consumo de oxigênio de cada um e a velocidade de divisão celular (Embrioscópio), além de outros que analisam quais embriões têm maior chance de implantação. Entretanto, ainda é necessário que sejam feitos mais estudos para conclusões definitivas a esse respeito.
Outro problema é a espessura aumentada da zona pelúcida, a membrana que envolve o embrião, a qual, nessas condições, atrapalha a implantação. Para diagnosticar essa alteração utiliza-se o “Assisted Hatching”, um procedimento realizado pelo laser, que faz pequenas aberturas nessa camada, ajudando na implantação. Essa técnica pode ser também utilizada em embriões fragmentados, retirando os fragmentos e melhorando seu potencial de implantação.
O fator masculino pode ser também responsável pela má qualidade embrionária. Além da repetição do espermograma, outros exames poderão ser realizados ou refeitos. Recentemente, tem sido indicado o exame de Fragmentação do DNA dos Espermatozoides (SCSA – Sperm Chromatin Structure Assay ou teste de estrutura cromatina espermática), que quando está alterado reduz a capacidade reprodutiva dos homens. Já existem publicações científicas que comprovam a influência dessas alterações nas taxas de sucesso gravidez e como causa abortos. Calcula-se que quando o Índice de Fragmentação for igual ou superior a 30, as taxas de sucesso estarão comprometidas. A causa mais frequente para essa alteração é o estresse oxidativo, causado pelos maus hábitos (cigarro, álcool etc.) e pela obesidade, entre outros fatores. As vitaminas C e E, além da orientação ao paciente de condicionar de forma saudável seu estilo de vida, poderão solucionar o problema. Por isso, não custa nada antes de iniciar qualquer tratamento de infertilidade sugerir uma rotina de vida fundamentada em bons hábitos.
Quando o homem apresenta espermatozoides com alterações importantes da motilidade, morfologia, altas taxas de fragmentação do DNA e presença de vacúolos – o conjunto dessas alterações é denominado pela sigla em inglês MSOME (Motile Sperm Organellar Morphology Examination) –, além de abortos repetidos, pode ser indicado o IMSI (Intracytoplasmic Morfologically Select Sperm Injection), ou “Super ICSI”, ou “ICSI de alta magnificação” ou “ICSI magnificado”, considerado um dos mais recentes avanços nas técnicas de Fertilização Assistida. É uma nova versão do já conhecido ICSI (Injeção Intracitoplasmática do Espermatozoide).
O IMSI utiliza um novo sistema ótico chamado “contraste de fase interferencial”, que apresenta objetivas de maior poder de ampliação eletrônica das imagens, podendo observar os espermatozoides em mais detalhes, detectar seus defeitos e selecionar os melhores, pois são aumentados em até 12 mil vezes. O ICSI convencional aumenta só 400 vezes. Existem perspectivas de que no futuro um microscópio potente poderá separar os espermatozoides saudáveis daqueles comprometidos para que só eles sejam introduzidos no óvulo, mas isso é ainda uma promessa distante da realidade atual.
Os protocolos de indução de ovulação e as drogas utilizadas podem ter influência direta no número e qualidade dos óvulos e embriões, por isso mudanças nesse aspecto, podem ser bem-vindas. Não há um esquema único de remédios que seja ideal para todas as mulheres. Existem muitos medicamentos de ótima qualidade que são ideais para algumas pacientes, mas não para outras. Nem sempre é possível acertar na primeira tentativa. Portanto, após uma análise criteriosa do ciclo anterior, nova possibilidade pode ser recomendada.
Outras técnicas novas têm sido indicadas para melhorar a qualidade dos embriões, como a transferência de citoplasma. Nessa técnica, o citoplasma do óvulo de uma doadora é injetado no óvulo da mulher receptora antes da fertilização. Embora esse procedimento possa melhorar a qualidade embrionária, entra em contradição com princípios éticos por provocar a integração de vários padrões cromossômicos.

Por que os tratamentos de Fertilização in Vitro podem falhar?

Para muitos casais que passam por tratamentos contra infertilidade, a fertilização in vitro representa a última esperança de conseguir um filho. Muitos já passaram por outras tentativas, sem sucesso, de tratamentos de menor complexidade, como o Coito Programado e a Inseminação Artificial, e, por isso, é muito frustrante para eles, que depositaram todas as suas expectativas neste tratamento, ver que todos os esforços foram em vão. Tempo perdido, disciplina nos horários, injeções, ultrassom, dinheiro gasto, expectativa, ansiedade – a vida parou naquele período – e não deu certo! Uma pergunta comum após o teste negativo é: por que o embrião ou os embriões transferidos para o útero não implantaram? A resposta geralmente não é simples, mas algumas hipóteses devem ser avaliadas, pois podem ajudar a esclarecer problemas menos frequentes que ainda não foram pesquisados, mas ao serem diagnosticados podem ter aumentadas as chances de serem tratados no futuro. 
As causas do insucesso podem ser problemas com os embriões, com o útero-endométrio, de endometriose e problemas imunológicos. Nos próximos posts vamos abordar cada um desses temas!

domingo, 19 de janeiro de 2014

A DOR DA INFERTILIDADE

A dor é parecida com o luto por perder um ente querido recorrente. As pessoas inférteis sofrem pela luta de um filho que nunca podem chegar a conhecer. Num casamento bem sucedido é mais fácil pela cumplicidade de ambos o planejamento do filho. É normal que este filho seja idealizado pelos pais e que seja esperado com extrema expectativa entre o casal, principalmente para à mãe. O extinto materno fala mais alto e deixa a mãe realizar seus sonhos preparando o quarto do bebê, dar carinho através da Psicologia Pré-Natal que significa todo o desenvolvimento psíquico do feto. Quando esta expectativa não se concretiza pode acarretar fatores sérios emocionais tanto para a mulher e para o homem. O desejo de ser mãe vira um grande pesadelo e uma frustração. Gera um luto pela perda e consequências como uma Depressão profunda com risco eminente de ter sua vida destruída. A infertilidade é uma doença silenciosa, uma luta muito dolorida. O que pouco se fala é que pessoas inférteis são oriundas em sua maior parte por doenças genéticas que por vezes, o tratamento e tratamento podem ser realizados através de um procedimento de Reprodução Humana. O maior problema é que quando um casal decide lutar pela cura da doença a conta bancaria diminui, podendo chegar à falência. Tudo isso porque a ANS diferentemente do SUS não reconhece a infertilidade como uma doença, o problema é que o SUS não tem condições de atender a enorme demanda. Os planos de saúde se negam a custear o tratamento de infertilidade. O que por Lei todo paciente de plano de saúde tem total amparo para realização de todo tratamento necessário, mais infelizmente somente através do judiciário, e assim mesmo, pelas mãos de um especialista em direito e saúde é que esse direito pode ser concebido. Por diversas vezes escuto que uma pessoa fértil deveria recorrer à adoção, ouço isso até mesmo da boca de alguns juízes ou de pessoas que não compreendem o problema. Não minimize o problema – A falha ao conceber um filho é jornada muito dolorosa. Esses casais veem seus amigos terem dois, três filhos, e veem essas crianças crescerem enquanto voltam para o silencio de suas casas. Estes casais veem toda alegria que uma criança traz para vida de uma pessoa, e sentem o vazio de serem capazes de experimentar essa alegria. Quem é a autoridade final sobre qual é a pior coisa que poderia acontecer alguém? Se Deus estivesse no ramo da esterilização das mulheres no plano divino, você acha que ele preveniria a gravidez que terminam em abortos? Ou então não esterilizaria as mulheres que terminam por negligenciar ou abusar de seus filhos? Mesmo que você não seja religioso, os comentários do tipo “talvez não seja para você ser mãe”, não são reconfortantes. A infertilidade é uma condição médica, não uma punição de Deus ou da Mãe Natureza. Não abram mão dos seus sonhos, lutem pelos seus direitos, procurem especialistas em direito e saúde, que irá ao judiciário para fazer seus planos de saúde custearem todo seu tratamento. Informem aos seus médicos que esse é um direito liquido e certo seu. A maior parte dos médicos não sabe que você e ele possuem esse direito. O Médico tem total amparo legal para orientar seus pacientes na busca dos seus direitos quando o tratamento proposto é glosado pelo plano de saúde. O texto revela-se como importante contribuição aos médicos e à sociedade, e esperamos que seja objeto permanente de reflexão para todos os que buscam o pleno exercício ético nas diferentes searas da vida. (Roberto Luiz d’Avila- Presidente do CFM). Para o Advogado Alan Trajano – Especialista em Direito e Saúde de Brasília, o plano de saúde deve cumprir o princípio da boa-fé objetiva e tem o dever de informar sobre cláusulas e condições de contrato, ou seja, no contrato de adesão não está expressamente descrito que o plano de saúde não cobre tratamento genético ou de fertilização. Para Dra. Cintia Rocha – Advogada que obteve a primeira decisão liminar no Estado de São Paulo para cobertura do tratamento de Fertilização in vitro a Lei 9.656/98 (ANS), Código de Defesa do Consumidor e Constituição Federal de 1988, as normas internacionais e nacionais de direitos humanos, e os Códigos de Ética das profissões ligadas à saúde, consagram os direitos do paciente como direitos humanos. Para Adriana Leocadio, presidente da ONG Portal Saúde e Membro da Organização Mundial da Saúde (OMS), as pessoas amigas de casais inférteis provavelmente já sabem mais sobre as causas e soluções dessa doença do que você jamais saberá. Você pode achar que está ajudando lendo sobre infertilidade, e não há nada de errado em aprender mais sobre o assunto. O problema aparece quando você tenta brincar de medico com seus amigos que sofrem com a infertilização. Nossa recomendação é que se você tem alguém próximo que sofra de infertilização propague a notícia de que ele tem direito a tratamento custeado pelo plano de saúde.
Para maiores informações: e-mail: contato@portalsaude.org ou Telefones: (11) 3044.0710 / 99905.6373

sábado, 18 de janeiro de 2014

Fertilização in vitro

Consiste na mais sofisticada e avançada de todas as técnicas de fertilização assistida. Sugestão: Para se realizar essa técnica (ou programa), a mulher recebe alguns hormônios, da mesma forma que nas técnicas anteriores. Esses óvulos (ou ovocitos) crescem de pequenos cistos com líqüido, que são chamados FOLÍCULOS. São aspirados através de uma agulha especial e colocados em contato com espermatozóides permitindo a sua fecundação fora do corpo da mãe. São desenvolvidos inicialmente em laboratório retornando, a seguir, ao útero para finalizar o crescimento do futuro bebê.
INDICAÇÃO
. Mulheres com alterações peritoneais (Aderências em excesso);
. Obstrução nas trompas de Falópio;
. Infertilidade sem causa aparente (I.S.C.A.), Infertilidade Inexplicável;
. Fatores Imunológicos;
. Endometriose;
. Falha de tratamentos menos completos.
TÉCNICA
A técnica é relativamente simples e sua execução pode ser dividida em 6 fases:


FIV 1ª FASE – BLOQUEIO DOS HORMÔNIOS DO ORGANISMO

Consiste no bloqueio inicial do funcionamento dos ovários com medicação adequada. Esta medicação é chamada de Agonista GnRH. Com essa técnica, garantimos com maior precisão o acompanhamento do desenvolvimento folicular (óvulos) bem como o dia da captação dos mesmos. Após essa fase inicial de bloqueio, são realizadas dosagens hormonais e exames ultra-sonográficos que comprovam o estado de “repouso” do sistema reprodutor. Este bloqueio pode também ser realizado numa fase mais tardia, ao redor do 7º/ 8º dia do ciclo, após já ter sido iniciada a estimulação dos ovários. Esta medicação é chamada de Antagonista GnRH. A decisão pelo bloqueio precoce ou tardio vai depender de cada caso.

FIV 2ª FASE – ESTÍMULO DO CRESCIMENTO DOS ÓVULOS

Após o Bloqueio, passamos, a seguir, à Fase de Estimulação propriamente dita, quando medicamentos injetáveis são administrados, geralmente pela manhã. As dosagens são reguladas de acordo com as necessidades e pelo exames realizados sistematicamente durante esta fase (hormônios e ultra-som).
Num momento adequado, é administrado um medicamento específico para ocorrer a ovulação e realizamos a ASPIRAÇÃO DOS ÓVULOS ao redor de 35 horas após. As doses e os horários das medicações têm influência direta no horário da captação dos óvulos. Os efeitos colaterais mais comuns desses medicamentos são dores de cabeça, perda de apetite, dor abdominal e dor no local das injeções. Nesse último caso, a massagem e o calor local (compressas) podem aliviar esses sintomas.

FIV 3ª FASE – ASPIRAÇÃO E RECUPERAÇÃO DOS ÓVULOS

A paciente deverá comparecer ao Laboratório Especializado aproximadamente 34 horas após a administração do último medicamento (HCG)3. Em jejum, em horário pré-estabelecido e numa sala adequada, será dada uma medicação para relaxar e dormir alguns minutos. Com auxílio do ultra-som, uma agulha especial e um aparato para sucção, os óvulos são colhidos e encaminhados para análise. Em +/- 60 minutos num quarto em repouso, a paciente será liberada, podendo executar atividades normais no mesmo dia, mas que não exijam destreza ou concentração (24 horas).
AMOSTRA SEMINAL: Serão colhidas no dia da aspiração. Após a preparação adequada, a amostra será examinada e encaminhada para o processo de fertilização.

FIV 4ª FASE – FERTILIZAÇÃO DOS ÓVULOS PELO ESPERMATOZÓIDE


4ª Fase – Fertilização dos óvulos no laboratório, após a ASPIRAÇÃO, os óvulos são separados, cultivados e classificados quanto à sua maturidade. Posteriormente, a fertilização poderá ocorrer de três maneiras:
1) FIV clássica:
Os óvulos são colocados em uma incubadora no laboratório, junto dos espermatozóides, em condições ambientais semelhantes às encontradas na trompa uterina – local onde normalmente ocorre a fecundação.
2) ICSI
Quando a quantidade de espermatozóides for pequena, os óvulos fertilizados através da micromanipulação dos gametas injetando-se um espermatozóide em cada óvulo – Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóide.
3) ICSI Magnificado, Super-ICSI ou IMSI (Intracytoplasmic Morfologically Select Sperm Injection). É uma técnica que identifica com precisão os espermatozóides com maior capacidade de fertilização quando tiverem alterações no seu formato (morfologia alterada), vacúolos motilidade e no DNA (fragmentações do DNA). 
Em qualquer uma destas técnicas, após 18 hs da coleta dos óvulos, é confirmada a fertilização e, assim, passam a se chamar EMBRIÕES.

FIV 5ª FASE – TRANSFERÊNCIA DO(S) EMBRIÃO(ÕES) PARA O ÚTERO

A paciente deverá comparecer ao laboratório especializado no horário pré-determinado e sem obrigatoriamente estar em jejum. Sem necessidade de anestesia, é introduzido um pequeno cateter pela vagina em direção ao colo do útero até atingir a cavidade uterina É um momento nobre e delicado. A transferência de embriões deve ser da maneira menos traumática possível. A passagem do cateter deve ser um movimento delicado, pois as chances de gravidez têm muita ligação com este momento. Trata-se de um procedimento simples, mas que exige tranquilidade, um bom relaxamento da paciente e experiência do médico. Após essa etapa, a paciente deverá ficar deitada na mesa ginecológica por cerca de 20minutos, retornando posteriormente para casa com atividades físicas limitadas e orientada com as devidas medicações. Atualmente com a alta tecnologia dos laboratórios em identificar os melhores embriões, o numero de embriões transferidos, raramente ultrapassa a dois.

FIV 6ª FASE – SUPORTE HORMONAL

Após a transferência dos embriões, realizamos um controle rigoroso das condições hormonais a fim de mantê-los em níveis satisfatórios para um adequado desenvolvimento embrionário intra-uterino. Assim, ao redor do 5º dia após a aspiração (ou coleta) dos óvulos é realizado um exame de sangue para esta avaliação, o qual é repetido no 11º dia após a transferência juntamente com o Teste de gravidez. Se houver necessidade, são modificados ou acrescentados medicamentos hormonais para normalizar eventuais deficiências.
fonte: www.ipgo.com.br

Inseminação Intrauterina (IIU)

A inseminação artificial, que é conhecida desde a Antigüidade, é um recurso terapêutico de grande valor no tratamento do casal infértil. As indicações dessa opção são baseadas na impossibilidade ou dificuldade do sêmen em alcançar o ovócito no aparelho genital da mulher (trompas), impedindo, assim, a fecundação. As candidatas a essa modalidade terapêutica são as pacientes que apresentam:
a) MUCO CERVICAL pobre ou deficiente, devido a fator inflamatório ou fator imunológico;
b) Infertilidade Sem Causa Aparente (ISCA) – Infertilidade Inexplicável;
c) Maridos com espermograma alterado (oligospermia, astenospermia ou problemas anatômicos);
d) Importante: Como a fertilização ocorre no ambiente natural, isto é, nas Trompas estas devem estar permeáveis.


INDUÇÃO DA OVULAÇÃO, TÉCNICA E O DIA DA INSEMINAÇÃO

Da mesma forma que o Coito Programado, os ovários são estimulados por hormônios a fim de se obter um maior número de óvulos recrutados, que também têm seu crescimento acompanhado pela ultra-sonografia, até que os mesmos atinjam um diâmetro aproximado de 18 mm e o endométrio, uma espessura superior a 7mm. A ovulação também é desencadeada num momento adequado por um medicamento. A diferença entre a indução da ovulação no Coito Programado e na Inseminação Artificial Intra-Uterina consiste nas dosagens de medicamentos utilizados para o estímulo ovariano e no fato de que, ao invés das relações sexuais programadas, os espermatozóides serão colocados dentro do útero através de um catéter.
A Inseminação Artificial é um procedimento relativamente simples. É realizada no consultório, sem anestesia, é indolor e não dura mais do que alguns minutos. Com a paciente em posição ginecológica, o esperma é colocado dentro do útero, perto dos orifícios internos das trompas, através de um cateter delicado que transpassa a vagina e o canal cervical.
Após a inseminação, a paciente deverá ficar em repouso no consultório por alguns minutos, a fim de que o sêmen alcance o interior das tubas e ocorra a fertilização. Após esse período, poderá voltar às suas atividades cotidianas. As relações sexuais deverão voltar ao ritmo habitual iniciando-as, se desejar, já a partir do dia da inseminação.

Como escolher o seu médico

O profissional ou a clínica especializada em infertilidade deve ser escolhida criteriosamente, pois os detalhes, que num primeiro momento podem parecer sem importância, muitas vezes têm influência direta no sucesso do tratamento do casal. A paciente deve sentir-se à vontade, ter sempre a oportunidade de realizar diálogos francos e abertos com o médico responsável e ter à sua disposição uma equipe de profissionais eficientes que, trabalhando em conjunto, possam responder as suas dúvidas sempre que as tiver. Os casais, neste tipo de acompanhamento médico, têm muitas dúvidas, pois os detalhes e etapas, que envolvem os tratamentos que serão expostos, são bastante complexos.
Todos os profissionais da clínica desempenham um papel essencial no auxílio do casal e devem estar em sintonia com os anseios das pessoas envolvidas, para que não haja informações desencontradas e a paciente sinta-se confusa.
É fundamental que se saiba como a clínica trabalha: os princípios éticos, morais e legais que envolvem os tratamentos, o rigor nos controles e a transparência das taxas de sucesso relatadas, para que não haja uma falsa ilusão de que uma clínica é melhor que a outra. Não se iluda com tratamentos alternativos, milagrosos, com taxas de sucesso exageradas. Alguns profissionais exageram a sua estatística com o objetivo de conquistar a confiança das pacientes. Reflita! Saiba avaliar o que ocorre no resto do mundo. Não existem milagres. O casal deve sentir-se à vontade e jamais ficar constrangido em fazer perguntas. É extremamente útil o fornecimento de impressos, cedidos por algumas clínicas, que contêm explicações específicas a respeito dos diversos procedimentos. Estes impressos devem conter os telefones de urgência ou outras alternativas, para que dúvidas de última hora possam ser resolvidas. O casal deve sentir-se bem acolhido do ponto de vista médico, científico, emocional e psicológico.
As seguintes pessoas devem estar regularmente envolvidas com as pacientes submetidas a quaisquer tratamentos:
. Um funcionário ou enfermeira treinados em agendamento e capazes de dar informações sobre os exames como avaliação hormonal, análise de sêmen e outros procedimentos relacionados à fertilidade;
. Um profissional que possa supervisionar os cuidados e instruções oferecidos ao casal infértil;
. Pelo menos um médico que esteja disponível para supervisionar e monitorizar o casal infértil por toda a fase de avaliação e de tratamento.
fonte www.ipgo.com.br

Fórum Virtual - Dr Philip Wolf

O GRUPO FIV PRESENTE DE DEUS FILHOS em parceria com a ONG PORTAL SAÚDE tem a honra de trazer para o 1º. FORUM VIRTUAL com especialista em Genética e Fertilização in vitro, Inseminação Artificial - o Dr. PHILIP WOLF – Diretor – Embriologista da Clinica Invitrogenese/Clinica Genics. Essa é uma conquista da Maria Lucia Da Silva Lopes e Adriana Leocadio. 

TEMA: A importância do diagnostico para o sucesso do tratamento de fertilização
DATA: 22/01/2014
HORA : Das 20 as 21hs
Local(grupo no facebook) : FIV PRESENTE DE DEUS FILHOS
Link do grupo: https://www.facebook.com/groups/malusilva/


Esperamos vocês Lá.

FERTILIZAÇÃO IN VITRO E A LUTA DOS CASAIS

Cerca de 2 milhões de casais têm algum tipo de problema de infertilidade no Brasil, segundo pesquisas. Várias podem ser as causas, como problemas de ovulação, doenças como endometriose, ausência ou diminuição de espermatozoides na ejaculação e alterações genéticas, entre outras. Para muitos casais, a reprodução assistida é a única esperança para realizar o sonho da gravidez. 
Veja, a seguir, cada fase do tratamento de fertilização in vitro.
O primeiro passo é a consulta com o especialista em reprodução humana a escolha do médico é um passo importante. Tanto o homem como a mulher devem passar por exames para avaliar a função reprodutiva e detectar possíveis alterações. Em alguns casos, são necessários exames mais específicos, como quando a paciente tem suspeita de endometriose ou problemas na tuba uterina. Por vezes um aconselhamento genético como recomenda o médico geneticista Dr. Ciro Martinhago. Após o diagnóstico, os pacientes recebem orientações sobre eventuais tratamentos necessários antes da tentativa de fertilização. Em geral, os casais também são orientados sobre hábitos que prejudicam a fertilidade. Após essa fase, indica-se o tipo de tratamento mais indicado para o casal - inseminação artificial ou FIV (fertilização in vitro), que pode ser associada, ou não, a outras técnicas. 
Além de todas essas etapas tem a parte financeira do tratamento que por vezes inviabiliza o tratamento. A especialista em direito e saúde e Fundadora da ONG PORTAL SAÚDE – Adriana Leocadio relata que nos 2 (dois) últimos anos nós conseguimos através da justiça que os planos de saúde custei o tratamento integral (medicamentos + exames + procedimentos). A informação é a maior aliada de todos nós e NUNCA devemos desistir da luta. A orientação da ONG PORTAL SAÚDE é que procurem sempre um advogado especialista em direito e saúde. Obter o êxito numa ação judicial para tratamento de FIV não é fácil mais é TOTALMENTE possível. Contato : adrianaleocadio@terra.com.br