sábado, 18 de janeiro de 2014

Fertilização in vitro

Consiste na mais sofisticada e avançada de todas as técnicas de fertilização assistida. Sugestão: Para se realizar essa técnica (ou programa), a mulher recebe alguns hormônios, da mesma forma que nas técnicas anteriores. Esses óvulos (ou ovocitos) crescem de pequenos cistos com líqüido, que são chamados FOLÍCULOS. São aspirados através de uma agulha especial e colocados em contato com espermatozóides permitindo a sua fecundação fora do corpo da mãe. São desenvolvidos inicialmente em laboratório retornando, a seguir, ao útero para finalizar o crescimento do futuro bebê.
INDICAÇÃO
. Mulheres com alterações peritoneais (Aderências em excesso);
. Obstrução nas trompas de Falópio;
. Infertilidade sem causa aparente (I.S.C.A.), Infertilidade Inexplicável;
. Fatores Imunológicos;
. Endometriose;
. Falha de tratamentos menos completos.
TÉCNICA
A técnica é relativamente simples e sua execução pode ser dividida em 6 fases:


FIV 1ª FASE – BLOQUEIO DOS HORMÔNIOS DO ORGANISMO

Consiste no bloqueio inicial do funcionamento dos ovários com medicação adequada. Esta medicação é chamada de Agonista GnRH. Com essa técnica, garantimos com maior precisão o acompanhamento do desenvolvimento folicular (óvulos) bem como o dia da captação dos mesmos. Após essa fase inicial de bloqueio, são realizadas dosagens hormonais e exames ultra-sonográficos que comprovam o estado de “repouso” do sistema reprodutor. Este bloqueio pode também ser realizado numa fase mais tardia, ao redor do 7º/ 8º dia do ciclo, após já ter sido iniciada a estimulação dos ovários. Esta medicação é chamada de Antagonista GnRH. A decisão pelo bloqueio precoce ou tardio vai depender de cada caso.

FIV 2ª FASE – ESTÍMULO DO CRESCIMENTO DOS ÓVULOS

Após o Bloqueio, passamos, a seguir, à Fase de Estimulação propriamente dita, quando medicamentos injetáveis são administrados, geralmente pela manhã. As dosagens são reguladas de acordo com as necessidades e pelo exames realizados sistematicamente durante esta fase (hormônios e ultra-som).
Num momento adequado, é administrado um medicamento específico para ocorrer a ovulação e realizamos a ASPIRAÇÃO DOS ÓVULOS ao redor de 35 horas após. As doses e os horários das medicações têm influência direta no horário da captação dos óvulos. Os efeitos colaterais mais comuns desses medicamentos são dores de cabeça, perda de apetite, dor abdominal e dor no local das injeções. Nesse último caso, a massagem e o calor local (compressas) podem aliviar esses sintomas.

FIV 3ª FASE – ASPIRAÇÃO E RECUPERAÇÃO DOS ÓVULOS

A paciente deverá comparecer ao Laboratório Especializado aproximadamente 34 horas após a administração do último medicamento (HCG)3. Em jejum, em horário pré-estabelecido e numa sala adequada, será dada uma medicação para relaxar e dormir alguns minutos. Com auxílio do ultra-som, uma agulha especial e um aparato para sucção, os óvulos são colhidos e encaminhados para análise. Em +/- 60 minutos num quarto em repouso, a paciente será liberada, podendo executar atividades normais no mesmo dia, mas que não exijam destreza ou concentração (24 horas).
AMOSTRA SEMINAL: Serão colhidas no dia da aspiração. Após a preparação adequada, a amostra será examinada e encaminhada para o processo de fertilização.

FIV 4ª FASE – FERTILIZAÇÃO DOS ÓVULOS PELO ESPERMATOZÓIDE


4ª Fase – Fertilização dos óvulos no laboratório, após a ASPIRAÇÃO, os óvulos são separados, cultivados e classificados quanto à sua maturidade. Posteriormente, a fertilização poderá ocorrer de três maneiras:
1) FIV clássica:
Os óvulos são colocados em uma incubadora no laboratório, junto dos espermatozóides, em condições ambientais semelhantes às encontradas na trompa uterina – local onde normalmente ocorre a fecundação.
2) ICSI
Quando a quantidade de espermatozóides for pequena, os óvulos fertilizados através da micromanipulação dos gametas injetando-se um espermatozóide em cada óvulo – Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóide.
3) ICSI Magnificado, Super-ICSI ou IMSI (Intracytoplasmic Morfologically Select Sperm Injection). É uma técnica que identifica com precisão os espermatozóides com maior capacidade de fertilização quando tiverem alterações no seu formato (morfologia alterada), vacúolos motilidade e no DNA (fragmentações do DNA). 
Em qualquer uma destas técnicas, após 18 hs da coleta dos óvulos, é confirmada a fertilização e, assim, passam a se chamar EMBRIÕES.

FIV 5ª FASE – TRANSFERÊNCIA DO(S) EMBRIÃO(ÕES) PARA O ÚTERO

A paciente deverá comparecer ao laboratório especializado no horário pré-determinado e sem obrigatoriamente estar em jejum. Sem necessidade de anestesia, é introduzido um pequeno cateter pela vagina em direção ao colo do útero até atingir a cavidade uterina É um momento nobre e delicado. A transferência de embriões deve ser da maneira menos traumática possível. A passagem do cateter deve ser um movimento delicado, pois as chances de gravidez têm muita ligação com este momento. Trata-se de um procedimento simples, mas que exige tranquilidade, um bom relaxamento da paciente e experiência do médico. Após essa etapa, a paciente deverá ficar deitada na mesa ginecológica por cerca de 20minutos, retornando posteriormente para casa com atividades físicas limitadas e orientada com as devidas medicações. Atualmente com a alta tecnologia dos laboratórios em identificar os melhores embriões, o numero de embriões transferidos, raramente ultrapassa a dois.

FIV 6ª FASE – SUPORTE HORMONAL

Após a transferência dos embriões, realizamos um controle rigoroso das condições hormonais a fim de mantê-los em níveis satisfatórios para um adequado desenvolvimento embrionário intra-uterino. Assim, ao redor do 5º dia após a aspiração (ou coleta) dos óvulos é realizado um exame de sangue para esta avaliação, o qual é repetido no 11º dia após a transferência juntamente com o Teste de gravidez. Se houver necessidade, são modificados ou acrescentados medicamentos hormonais para normalizar eventuais deficiências.
fonte: www.ipgo.com.br

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